terça-feira, 2 de dezembro de 2014

África e Brasil: unidos pela história e pela cultura [Especial Revista Nova Escola]


A costa oeste africana e o litoral brasileiro já estiveram conectados. Há 200 milhões de anos, os dois territórios começaram a se separar e assumiram as atuais posições, afastados milhares de quilômetros pelo Oceano Atlântico. O mar que os separa é também o responsável pela ligação entre eles nos tempos modernos: 4,4 milhões de africanos o cruzaram contra a vontade entre os séculos 16 e 19 em direção ao Brasil. Essas pessoas tiveram um papel importante na construção do nosso país. “A África está em nós, em nossa cultura, em nossa vida, independentemente de nossa origem pessoal”, defende Mônica Lima e Sousa, coordenadora do Laboratório de Estudos Africanos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Leáfrica/UFRJ), no artigo História da África, publicado na Revista do Programa de Educação sobre o Negro na Sociedade Brasileira, da Universidade Federal Fluminense (UFF). Por isso, as tradições, a cultura e a trajetória dos descendentes dos africanos escravizados compõem um objeto de estudo importante para todas as crianças e os jovens, negros ou não.

O tráfico negreiro e a escravidão determinaram o presente do nosso país. A população vinda do continente africano criou aqui raízes, família, cultura, história. Hoje, 53% dos brasileiros se declaram pretos ou pardos, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2013. Esse grupo é grandemente desfavorecido. Dados tabulados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) comprovam: eles são a maioria dos analfabetos, com a maior taxa de distorção idade-série, e o trabalho infantil é mais comum entre eles do que entre brancos (veja gráficos abaixo).


Desigualdades entre brancos e negros no Brasil




Apesar de a legislação valer há mais de dez anos, ainda são poucos os casos em que ela é bem incorporada ao cotidiano das escolas. Uma pesquisa realizada por diversos órgãos (leia o artigo com os resultados aqui) aponta os principais entraves para a efetivação dela: há escassa formação sobre o assunto, poucos docentes conhecem a norma e muitos não a consideram legítima. “O processo de implementação enfrenta resistências e obstáculos pelos mesmos motivos que justificam a existência da lei: no Brasil, há um racismo silencioso que desqualifica o debate sobre a discriminação”, explica André Lázaro, pesquisador da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso).

Mudar esse cenário requer trabalho em diversas frentes, das políticas públicas ao cotidiano da sala de aula. As redes precisam oferecer formações e debater o tema para que os administradores das escolas incentivem a incorporação dele em diversos âmbitos e os professores incluam conteúdos relacionados à história e à cultura africana e afro-brasileira em suas aulas. “A prática nas instituições também deve estar articulada aos projetos de formação”, afirma Rodrigo Ednilson de Jesus, docente da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e um dos envolvidos na pesquisa sobre a implantação da lei. Para repensar as próprias práticas e posições, os docentes devem observar suas atitudes e expectativas em relação aos alunos com diferentes cores de pele. Será que há tratamentos distintos para alunos negros e brancos? Todos recebem atenção, carinho e elogios? O primeiro passo para superar o racismo silencioso é justamente combater o discurso de que não há racismo. Em entrevista a NOVA ESCOLA, o historiador francês Pap Ndiaye afirma: “É necessário que as práticas sejam coerentes com a fala. Os educadores, por exemplo, podem ter comportamentos discriminatórios ao orientar os estudantes sobre as possibilidades de carreira. Para as de ensino técnico, muitos encaminham os alunos que não são brancos. Para os demais, por sua vez, é recomendado um curso universitário. A escola não está imune à discriminação".

Na sala de aula, não basta só problematizar atitudes racistas vindas dos alunos ou da comunidade escolar mas também rever o conteúdo ministrado. O objetivo deve ser desconstruir visões estereotipadas sobre africanos e afro-brasileiros e mostrar a importância deles na construção das sociedades contemporâneas. Para isso, é fundamental tratar do protagonismo desses grupos em diversos momentos da história, representando-os como seres humanos que criaram laços familiares, produtos culturais e que têm trajetórias próprias na história.

Neste especial digital, apresentamos os principais eixos de conteúdo que o professor pode abordar com as turmas de Ensino Fundamental: Identidade Negra, História da África, A luta dos negros no Brasil, Cultura afro-brasileira, e Recursos Pedagógicos, uma seleção de materiais de referência para apoiar a sua formação e para trabalhar em sala.

A incorporação do tema ao projeto político-pedagógico, a influência do contexto local em uma escola baiana e um projeto bem elaborado por um professor são contados na reportagem de capa da revista NOVA ESCOLA de novembro, quejá está nas nas bancas.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Geopolítica da Diáspora África-América-Brasil

"Os africanos que cruzaram os oceanos não foram sozinhos. Levaram consigo levaram suas divindades, visões do mundo, alteridades – lingüística, artística, étnica, religiosa; diferentes formas de organização social e diferentes modos de simbolização do real. Como sabemos a afro-diáspora no continente americano decorre do processo do colonialismo europeu e, em particular, do tráfico transatlântico e do sistema de escravidão. Entretanto, uma vez instalados em quaisquer dos continentes, por mais que as tradições fossem represadas ou aniquiladas, pela cultura hegemônica, os descendentes de africanos davam inicio a um processo de criação, invenção e re-criação, da memória cultural para preservação dos laços mínimos de identidade, cooperação e solidariedade." [Zélia Amador em: Diáspora Africana - O renascimento da África nas Américas / 2010]

Pensando nisso e sabendo da importância de se entender a Diáspora África – América, inclusive sua dimensão geográfica, disponibilizamos aqui um mapa elaborado por Rafael Sanzio Araújo dos Anjos que ilustra a Geopolítica da Diáspora África-América-Brasil nos séculos XV-XVI-XVII-XVIII-XIX.

O trabalho de Rafael com a Cartografia para a Educação já é bastante conhecido e vem oferecendo materiais que são ferramentas importantes para o trabalho dos(as) professores(as), em especial, na área de educação para as relações étnico-raciais. O Geopolítica da Diáspora África-América-Brasil, cuja 2a edição foi publicada em 2014, apresenta uma excelente síntese das conexões e fluxos existentes entre o continente africano e as Américas.

Vale a pena conferir!



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terça-feira, 25 de novembro de 2014

Diretrizes Curriculares Estaduais para a Educação Escolar Quilombola

A Bahia lançou, neste ano, diretrizes para reger a educação quilombola no Estado.

O processo de construção das Diretrizes Curriculares Estaduais para a Educação Quilombola na rede pública de ensino do Estado da Bahia contemplou audições realizadas junto a 380 comunidades quilombolas baianas nos anos de 2010 e 2011. Em 2012, a Secretaria da Educação do Estado instituiu uma comissão especial que, com base nas escutas, elaborou o texto, submetendo-o à avaliação do Conselho Estadual de Educação.

A técnica da Coordenação de Educação para a Diversidade da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, Silvana Bispo, revela que a expectativa pelo estabelecimento das diretrizes é muito grande. “A Bahia sai na frente, é o primeiro estado a estar com a sua própria diretriz. É uma alegria porque somos o estado que mais conjuga comunidades quilombolas no Brasil. São 438. A intenção é impactar o currículo, promover a mudança de comportamento. Fazer entender que as populações quilombola, negra e indígena também são sujeitos históricos, que demandam conhecimentos e especificidades do campo de estudos deles, e precisam adentrar o currículo de todos os estudantes”, diz Silvana.

Para Maria Regina Bonfim, líder da comunidade quilombola da Rocinha, em Livramento de Nossa Senhora, as diretrizes vêm para fortalecer cultura, educação e autoestima das crianças negras. “Hoje eles não têm mais vergonha de serem negros. Graças a Deus, a coisa já evoluiu bastante, as crianças estão estudando, indo para as universidades, são bem recebidos na sociedade. Eu já começo a sentir orgulho disso. No meu tempo de estudante não era assim”, disse.


A legislação educacional brasileira propõe que educadoras e educadores atuem para o enfrentamento das desigualdades étnico-raciais nos espaços educacionais. Inicialmente com Temas Transversais que dialogavam com pressupostos sobre “pluralidade cultural”, posteriormente com a institucionalização da Lei Federal 10.639/2003, que altera a LDB estabelecendo a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica, permitindo assim a construção de ações e projetos mais contundentes para valorização da cultura negra brasileira e africana, bem como da educação quilombola. Além da transversalidade – a modalidade.

Nesse campo político é importante lembrar outra conquista histórica para as populações negras no Brasil, as políticas de ações afirmativas, em especial, as cotas nas universidades. Nesta perspectiva, é preciso entender também que muitas são as resistências às políticas públicas educacionais dirigidas para a população afro-brasileira. Assim, o processo de formação continuada de gestores/as e docentes é importante para a promoção da igualdade étnico-racial, bem como, no trato dos problemas sociais brasileiros e, em especial, aqueles relacionados com os chamados excluídos sociais – populações negras, quilombolas, mulheres, indígenas, deficientes físicos, pessoas com orientações sexuais diferenciadas e outros – para que uma efetiva equidade racial e de gênero estejam de fato corporificadas e interseccionadas em nossa sociedade.

Por isso, a necessidade da construção de uma educação escolar quilombola. Essa, baseada em valores civilizatórios afro-brasileiros e na política de pertencimento étnico, político e cultural. De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, a educação escolar quilombola se constitui das seguintes perspectivas:

A Educação Escolar Quilombola é desenvolvida em unidades educacionais inscritas em suas terras e cultura, requerendo pedagogia própria em respeito à espeficidade étnico-cultural de cada comunidade e formação especifica de eu quadro docente, observado os princípios constitucionais, a base nacional comum e os princípios que orientam a Educação Básica brasileira. Na estruturação e no funcionamento das escolas quilombolas, deve ser reconhecida e valorizada sua diversidade cultura. (p. 42).

O reconhecimento público de uma orientação educacional especifica dirigido às comunidades quilombolas é fruto da luta política travada pelos movimentos sociais negros, bem como, da própria constituição de um movimento de povos quilombolas no país. Nesse direcionamento, é significativo observamos que a Educação Escolar Quilombola atualmente se constitui como modalidade de ensino da educação básica. Especificação esta, oriunda das deliberações retiradas da Conferência Nacional de Educação (CONAE) realizada em Brasília, em 2010. Diante de tais conquistas, é importante atentarmos para algumas especificações significativas no trato com tais questões.


– Levantamento das condições reais de funcionamento da escola buscando qualitativamente: transporte e alimentação escolar, infra-estrutura, recursos pedagógicos e quadro de pessoal;

– Garantia de transporte escolar de qualidade para estudantes quilombolas atendidos pela rede de ensino municipal e estadual (escolas que recebem estudantes quilombolas);

– Possibilitar a criação de 21 projetos de construção de escolas de ensino fundamental e 07 de ensino médio em comunidades quilombolas (solicitação entregue ao MEC/FNDE em 27 de outubro de 2009 e ainda estão em andamento);

·– Melhoria das escolas quilombolas: rede física (ampliação de cozinhas, banheiros, quadra de esporte, etc.), laboratório de informática; criação e ampliação de bibliotecas, aquisição de material de apoio pedagógico (livros, vídeos e jogos);

– Criar a oferta de curso de educação profissional e EJA - para jovens e adultos - nas comunidades quilombolas;

– Inserção na matriz escolar temas que sejam comuns à cultura, educação, valores e saberes quilombolas, tais como: terra, territorialidade, identidade, religiosidades, organização comunitária dentre outros;

– Mapear as condições e práticas pedagógicas das escolas localizadas em áreas remanescentes de quilombos envolvendo: educação infantil, jovens e adultos;

– Contemplar no Projeto Político Pedagógico temas/abordagens/metodologias sobre a história e cultura quilombola e sobre a história e cultura africana e afrobrasileira;

– Desenvolver atividades pedagógicas com professores que atuam em comunidades quilombolas e que trabalham em escolas que atendem estudantes quilombolas;

– A partir das práticas vividas, elaborar e registrar experiências de educação já existentes nas comunidades, de modo que esta possa compor o currículo e materiais pedagógicos das unidades escolares;

– Acompanhamento da prática docente com o intuito de contribuir para uma maior interação entre unidade escolar e comunidade.


Fontes: Secretaria de Educação do Governo da Bahia

E para quem quiser conferir mais sobre a diretrizes, o pdf está disponível para download em: (clique aqui)


quarta-feira, 19 de novembro de 2014

I Reunião Pedagógica de Formação Continuada da SECADI

A I Reunião Pedagógica de Formação Continuada da SECADI, ocorreu em Brasília, de 12 a 14 de novembro de 2014. O evento reuniu mais de 200 coordenadoras(es) de cursos de formação continuada, em todas as áreas nas quais a SECADI atua. A programação do primeiro dia foi integrada por Mesas Redondas com representações institucionais, sob a liderança de Macaé Evaristo, Secretária da SECADI, e nas quais todas(os) participavam. No segundo e terceiro dias foram formados grupos divididos por áreas/temas dos diferentes cursos. Eu participei do grupo integrado por coordenadoras(es) dos cursos em educação quilombola e em educação para as relações étnico-raciais, liderado por Ilma Fátima de Jesus, Coordenadora de ERER e Bárbara Rosa.

Um dos temas que emergiu nas discussões que tivemos na I Reunião Pedagógica e que eu considero importante para a nossa reflexão é a reconstrução das Licenciaturas, no sentido de que é preciso incluir os temas tratados pelas diversas coordenações da SECADI nos currículos. Trata-se, portanto, de ressaltar que, embora sejam relevantes, as ações de formação continuada não substituem e não têm a mesma abrangência da formação inicial.

Outro tema importante e desafiador na perspectiva do nosso curso, assim como dos demais, é a interseccionalidade. Embora o nosso foco seja relações étnico-raciais, não podemos restringir os conteúdos, as referências e a discussão à população afro-brasileira, mas precisamos abordar também a temática quilombola e indígena. Além disso, temos que fazer referência às questões da educação rural, da educação especial - lembrando dos direitos dos estudantes com vários tipos de deficiência -, das relações de gênero - incluindo o sexismo, homofobia, lesbofobia e a perspectiva da população LGBT. A nossa tarefa se torna mais complexa, mas temos que encontrar maneiras de estabelecer conexões com estas questões, que são temas principais de outros cursos situados nas distintas coordenações da SECADI.

Outro aspecto marcante do evento foi a interação que ocorreu entre as(os) coordenadoras(es) de cursos de educação para as relações étnico-raciais que já estão andamento nesses dois dias de trabalho conjunto. Eu fiz alguns registros em fotos dessas atividades e publiquei no blog do nosso curso. Espero que continuemos em contato e que seja possível dar mais visibilidade ao trabalho coletivo realizado em outras universidades, situadas em todo o país, no âmbito de cursos de especialização e de extensão, presenciais e a distância, formando uma rede da qual nós fazemos parte.


Abaixo, algumas fotos da Reunião.












Para mais informações sobre os cursos da SECADI acesse: 

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Encontro em Salvador

Na última sexta-feira, dia 07 de novembro, ocorreu o primeiro encontro presencial em Salvador do Curso de Formação para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileiras, uma ação de formação continuada em educação para as relações étnico-raciais, voltada para docentes e gestores(as) da educação básica da Bahia.

O encontro face a face de cursistas, tutoras(es), equipe docente e de coordenação do curso, e gestoras da secretaria estadual de educação, secretaria municipal de educação, e polos de educação a distância de Lauro de Freitas e Simões Filho foi marcado por reflexões sobre as conquistas e os desafios ainda existentes para a promoção da igualdade em termos étnicos, raciais, de gênero, classe e orientação sexual na sociedade brasileira e, em especial, na educação.


Abaixo, algumas fotos do evento.



Mesa Redonda com (da esquerda para a direita):
Silvana Bispo, Amélia Maraux, Paula Barreto, Antonia Batista e Rose Rozendo.


Palestra com a superintendente Amélia Maraux


Apresentação do curso com Letícia Pereira e Rebeca Sobral



Comentários do professor Cloves Luis Pereira

Coffee Break



Consultoria particular

Consultoria particular

Comentário dos cursistas:

"Quero parabenizar a equipe do curso de extensão, pelo encontro presencial de hoje, pois tivemos oportunidade de conhecer os organizadores, coordenadores, tutores desse maravilhoso curso. Parabenizar também a professora Amelia por sua palestra, pois contribuiu para o nosso pensar no processo educacional, sobretudo nos impactos dos conteúdos nas unidades escolares."
IZABELA BARRETO

"Achei importante e interessante nosso 1º encontro. Tomamos conhecimento de pontos importantes sobre o andamento do curso e as colocações dos participantes da mesa de abertura foi de fundamental importância para conhecermos o quanto este curso está munido de uma excelente equipe."
MARIA DE LOURDES MENDES

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Encontro em Salvador - Cartaz


Encontro em Lauro de Freitas

Na manhã do último sábado, dia 18 de outubro, tivemos um encontro presencial com alguns cursistas em Lauro de Freitas, para atualizar as informações gerais sobre o curso e para identificar problemas de acesso e/ou comunicação por parte dos integrantes.

Foi importante ver como existem entre os cursistas as mais variadas dúvidas e diferentes níveis de familiaridade com o computador e acesso a internet.

Há, por exemplo, professoras que não têm equipamento próprio e dependem de laboratórios em suas escolas e faculdades. Algumas tinham dúvidas sobre como navegar pelo ambiente do curso e como participar dos fóruns e chats através da nossa principal plataforma: o Moodle.

Rebeca Sobral, supervisora do nosso Curso de Extensão apresentou-o passo a passo e mostrou aos participantes do encontro como utilizar ferramentas específicas dessa plataforma, como a caixa Inbox, além de analisar caso a caso cada situação apresentada. Segundo a própria Rebeca, "este momento foi de extrema importância para sanar alguns dos problemas que enfrentamos para motivar a participação nos grupos, além de afinar laços virtuais e reais. A atuação da tutoria é fundamental para o êxito deste trabalho!"

Abaixo, algumas fotos do encontro.







Lembrando que, já temos mais dois encontros presenciais agendados:
Dia 01 de novembro, das 8h30 às 11h30, em Simões Filho
e dia 07 de novembro, das 14hs às 18hs, em Salvador.

Esperamos vocês, cursistas!

Mais informações sobre o curso

Objetivo geral
O curso visa preparar melhor as(os) professoras(es) e gestoras(es) para a implementação, em sala de aula, das “Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de história e Cultura Afro-brasileira e Africana”, aprovadas no âmbito da Resolução CNE Nº 001, de 17 de Junho de 2004.


Objetivos Específicos:
- Propiciar o debate e a reflexão sobre temas pertinentes à área de educação para as relações étnico-raciais;

- Atualizar os estudos sobre as formas de expressão do racismo (e sexismo) na sociedade brasileira contemporânea;

- Ampliar o conhecimento sobre o anti-racismo e, em especial, sobre as experiências brasileiras com as políticas de ação afirmativa;

- Planejar e compartilhar propostas pedagógicas para utilização por professoras(es) nas escolas que auxiliem na construção de uma educação anti-racista (e anti-sexista);


Público Alvo
O curso é voltado para 300(trezentos) Professoras(es) e Gestoras(es) das redes públicas da Educação Básica dos seguintes municípios do Estado da Bahia: Salvador, Lauro de Freitas e Simões Filho.

Natureza do Curso: Extensão

Tipo de curso: Formação Continuada

Modalidade: Educação a distância

Carga Horária:180 horas


Duração: 6(seis) meses



Cronograma do curso - Clique para ampliar a imagem


Procedimentos de Avaliação

A avaliação final do Curso resultará de três avaliações parciais:

AVALIAÇÃO 1: análise da participação dos(as) cursistas nas Atividade(s) e Fórum(ns) que constam nos módulos do Curso.

   Atividade:
A realização da Atividade pode ser verificada considerando: se o(a) cursista enviou a Atividade; e se o conteúdo da Atividade atende ao que foi solicitado. Quando houver solicitação de participação em um Chat, Questionário etc., a avaliação será feita da mesma maneira que a avaliação de uma Atividade.

   Fórum: A participação no Fórum pode ser verificada considerando: se o(a) cursista participa do Fórum; a qualidade das intervenções e interações feitas no Fórum;

   Com base na análise da realização das Atividades e da participação nos Fóruns, o(a) tutor(a) atribuirá a nota de 0 (zero) a 10 (dez) para cada cursista, onde zero corresponde ao mínimo, e dez corresponde ao máximo, em termos de quantidade e qualidade da participação individual;
   Nos casos dos Módulos que possuem mais de uma Atividade e mais de um Fórum, a nota do módulo será o resultado do somatório das notas obtidas em cada semana, divididas pelo número de semanas (média simples);

   A atribuição das notas da Avaliação 1 será feita pela equipe de tutores: cada tutor(a) atribuirá as notas para os cursistas que estão sob o seu acompanhamento;


AVALIAÇÃO 2: prova escrita, presencial, incluindo os conteúdos dos Módulos I a V.

   A prova escrita será realizada na segunda quinzena de novembro, em Lauro de Freitas, Simões Filho e Salvador.

   A Coordenação fará a correção das provas e atribuirá as notas que podem variar de 0 (zero) a 10 (dez);


AVALIAÇÃO 3:redação de uma proposta de Projeto Pedagógico, ou de um artigo, entregues pelos cursistas no final de janeiro de 2015.

   Serão fornecidas orientações sobre o formato da proposta de Projeto Pedagógico e do artigo.

   A Coordenação fará a correção e a atribuição das notas que podem variar de 0 (zero) a 10 (dez).
NOTA FINAL: resultado do somatório das notas das três avaliações divididas por três (média simples). Para a aprovação no Curso a nota mínima é 5,0 (cinco). A consolidação das notas de cada cursista será realizada pela Coordenação.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Bem vindos ao nosso blog!

O Curso de Extensão em Formação para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileiras – 2014 visa estimular a promoção da igualdade étnico-racial na educação a partir da formação de profissionais da educação básica para a inclusão da temática História e Cultura Afro-brasileiras nos currículos escolares.

Trata-se de uma das ações da Coordenação Geral de Educação para as Relações Étnico-Raciais, que integra a Diretoria de Políticas de Educação do Campo, Indígena e para as Relações Étnico-Raciais, da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI), do Ministério da Educação. A equipe docente do curso recebe bolsas através do Sistema Geral de Bolsas (SGB) do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Este blog será o nosso espaço para divulgar informações e atualizações do curso, num debate mais amplo e aberto a todos que tiverem interesse nos temas voltados ao ensino de História e Cultura Afro-Brasileiras.


Promoção:
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) – Ministério da Educação (MEC); Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)

Realização:
Universidade Federal da Bahia
Superintendência de Educação a Distância
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa A Cor da Bahia


Endereço:
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa A Cor da Bahia
Estrada de São Lázaro, 197, Salvador – BA, CEP 40.210
Email: acordabahia@ufba.br